A Finlândia é um primeiros países do Mundo a tornar a aprendizagem da programação informática obrigatória para crianças em idade escolar entre 7 aos 16 anos.
A reputação da Finlândia como sendo uma potência em tecnologias está assente em empresas como a Nokia e Supercell. Agora, o país pretende ir mais longe e aumentar ainda mais o potencial do seu mercado digital ao tornar-se o primeiro país do mundo a incorporar programação no seu currículo nacional. A começar no Outono de 2016, os alunos do 1º ao 9º ano (idades dos 7 aos 16) irão aprender os básicos da programação assim como outras e mais amplas características digitais.
“Programação ou computação não será uma disciplina especifica, ao invés disso será integrada em outras disciplinas” diz Thomas Vikberg, conselheiro da educação no Ministério da Educação e Cultura. “ A ideia é dar aos alunos conhecimentos e compreensão de como os programas de computador são criados e funcionam…Isto é necessário para guiar o pensamento critico e criativo, visto que os programas de computador têm um papel cada vez mais significativo na sociedade de hoje em dia.”
O novo currículo nacional estipula que as noções associadas às tecnologias digitais deverão ser distribuídas por todas as disciplinas, focando-se em áreas dedicadas às manualidades, trabalho criativo e aprendizagem do uso seguro de tecnologias. Em disciplinas dedicadas às manualidades por exemplo, a programação poderá ser aplicada ao desenho de produto e produção do mesmo. Mas onde a programação terá maior papel, será nas disciplinas relacionadas com matemática, onde existem objectivos específicos desde adotar um estilo de pensamento semelhante ao dos computadores a aprender linguagens de programação como Ruby ou Python.
“No fundo, programar não é mais do que dar comandos ao computador e ele compreende-los e executá-los” explica Vikberg. “Estas noções poderão praticadas utilizando um jogo, como por exemplo: que tipo de comandos seriam precisos para fazer todos os estudantes de uma sala formarem uma linha com base nas suas alturas. Isto desenvolve o pensamento e a lógica necessária para a programação.”
Vikberg saliente ainda que cada escola irá abordar o assunto da programação de uma forma diferente, visto que o sistema educacional Finlandês é descentralizado. O currículo nacional serve apenas para delinear os objectivos em termos de educação, mas depois serão as próprias escolas localmente a decidir como implementar o currículo. Individualmente os próprios professores terão imensa autonomia para decidir como ensinar os diferentes tópicos.
Noticia de Eeva Haaramo para Norse Code