O FBI (Federal Bureau of Investigation) finalmente lançou o tão aguardado Internet Crime Report 2020, relatório que apresenta todas as estatísticas relativas a ataques cibernéticos nos Estados Unidos da América. Poderá agora estar a pensar: “Porque será que estão a falar de cibersegurança nos EUA se estamos em Portugal?” a resposta é simples: este relatório tem vindo, ao longo dos últimos anos, a refletir o que acontece em grande parte dos países desenvolvidos. Ou seja, pode ser analisado estatisticamente como se de Portugal se tratasse. Como já deve ter percebido pelo título, neste artigo iremos abordar um importante tema: os perigos da internet para a terceira idade.
No relatório mencionado antes, é possível perceber que a faixa etária dos “60 ou mais” anos foi vítima de cerca de um quarto de todos os cibercrimes cometidos nos EUA no ano de 2020. Pode não parecer muito, mas tendo em conta que existem menos idosos a frequentar a internet do que jovens e adultos, mas ainda assim são a faixa etária mais afetada, torna-se ainda mais preocupante. Os principais crimes são phishing, extorsão e non-payment/non-delivery (compras que não foram pagas ou entregues).
Posto isto, é importante apelar à sensibilização dos idosos para a cibersegurança e sua importância. Seguem abaixo uma série de dicas simples que poderão fazer reduzir o número de cidadãos da terceira idade afectados por crimes deste tipo:
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Não acredite em tudo o que lê
Muitas vezes, estará a navegar nas redes sociais ou numa página de notícias e irá ler uma mensagem bastante apelativa e na qual tem vontade de clicar com um texto como “Ganhe um iPhone 12 GRÁTIS”. Nestes momentos, é importante ter em mente que ninguém oferece nada, muito menos com um anúncio colorido a cintilar. Este tipo de esquemas pretende recolher informações (email, telemóvel, dados bancários, etc.) de utilizadores menos atentos, em troca de supostos prémios.
Não se deixe enganar. Questione sempre.
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Defina políticas de password seguras
Uma boa prática a ter em conta será a criação de passwords que contenham, pelo menos 10 caracteres, incluindo números, símbolos, letras maiúsculas e minúsculas, devendo ser alteradas regularmente. As passwords devem ser pessoais, intransmissíveis e não devem estar escritas em locais de fácil acesso ou visibilidade. Colocar o nome de filhos, animais de estimação, datas de nascimento ou outros nunca são boas ideias.
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Atualize frequentemente os seus equipamentos e aplicações
É importante manter os equipamentos com as mais recentes atualizações de segurança, visto que os hackers podem entrar na sua rede informática através de aplicações ou equipamentos com versões de software desatualizadas que possam conter vulnerabilidades conhecidas. É por isso importante instalar as mais recentes atualizações de aplicações, sistemas operativos ou firmware de equipamentos como routers ou switchs de rede. Caso não se sinta à vontade para o fazer, existem dezenas de empresas legitimas que o poderão ajudar a manter os seus equipamentos atualizados. Fale connosco, teremos todo o gosto em ajudar.
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Compre e instale um anti-vírus
Uma boa solução de antivírus é uma das melhores formas de proteger a sua informação. Antes de escolher o software, faça uma pesquisa detalhada de forma a perceber qual a solução que melhor se adequa às suas necessidades.
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Na dúvida, pergunte a alguém
Este ponto vem em último lugar, mas certamente não é o menos importante. Isto porque como tudo na vida, é importante, quando temos dúvidas, esclarecê-las com quem percebe melhor desse determinado assunto. Neste caso, é importante que os membros da terceira idade perguntem aos seus filhos, netos, amigos, entre outros; de forma a não correr riscos desnecessários na internet. A este ponto, já deve ter percebido que os hackers conseguem cometer estes crimes através dos mais variados esquemas. Por isso, em caso de dúvida, questione.
Para os jovens e adultos, pedimos que eduquem a terceira idade a navegar na internet da melhor forma. Partilhem este artigo!