Quase um quarto das empresas portuguesas foi alvo de um ataque cibernético no último ano e mais de metade considera que aquele risco está no topo dos perigos corporativos.
Os resultados do Survey Europeu 2015 de Cyber Risks, realizado pela empresa de corretagem de seguros e gestão de riscos Marsh, foram esta quinta-feira apresentados em Lisboa e mostram que 23% das empresas portuguesas, que responderam ao estudo, admitiram ter sido alvo de um ataque cibernético nos últimos 12 meses, sendo que a percentagem sobre para 28 no contexto europeu.
O estudo conclui que de uma maneira geral as empresas europeias “têm subvalorizado os riscos cibernéticos” de que são alvo diariamente e não têm uma estrutura preparada para lidar com um eventual ataque cibernético. Como tal, o caminho a percorrer é longo no que diz respeito à proteção contra os riscos cibernéticos, conclui.
As portuguesas não são exceção, sendo que 57% delas identifica o risco cibernético no ‘top’ dos seus riscos corporativos, contra 45% no total das empresas europeias, mas apenas 32% possui um plano de contingência para um ataque cibernético (acima dos 25% relativos ao total das empresas europeias).
O conhecimento sobre a sua exposição ao risco cibernético é básico ou limitado para 64% das empresas.
Para 29% das empresas nacionais a maior ameaça num cenário de perda cibernética é a interrupção do negócio e os maiores riscos têm origem nos ‘hackers’ [pessoas capazes de fazerem modificações nos sistemas informáticos] (39%), em ameaça interna (30%) e erros operacionais (27%).
O estudo revela ainda que mais de metade já identificou um ou mais cenários de ataques cibernéticos de que a sua empresa poderia ser alvo, mas também que 74% não estimou o impacto financeiro dessa mesma ameaça (68% no contexto europeu).
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